Quanto Ganham os Jogadores Mais Bem-Pagos do Campeonato Português

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Quanto Ganham os Jogadores Mais Bem-Pagos do Campeonato Português

O futebol português sempre foi uma das montras mais importantes de talentos na Europa — clubes como Benfica, FC Porto e Sporting CP têm historicamente formado jogadores que depois se transferem para ligas maiores, ou atraído jogadores experientes de outros países para dar competitividade, visibilidade e prestígio às competições nacionais.

Com isso, existe bastante interesse em saber: quanto ganham os jogadores mais bem pagos na Liga Portuguesa?

Neste artigo, vamos ver:

  • Os valores salariais estimados dos jogadores de topo em Portugal;
  • Como esses salários se comparam dentro do campeonato (entre clubes grandes e médios/pequenos);
  • Quais fatores influenciam os salários (transferências, desempenho, histórico, idade, nacionalidade, competições europeias, poder financeiro dos clubes);
  • Comparações com outras ligas europeias;
  • As tendências recentes e previsões para o futuro.

Salários mais altos estimados na Liga Portuguesa

Alguns relatórios e análise de fontes especializadas oferecem números e estimativas para os jogadores mais bem pagos da Liga Portugal (Primeira Liga). Aqui vão os dados mais relevantes:

  • Segundo o Jogadores.pt, o atacante Viktor Gyokeres, do Sporting, aufere cerca de 3,8 milhões de euros brutos por ano.
  • Outros jogadores renomados e bastante bem pagos: Kökçü (Benfica) ~ 3 milhões €/ano; Pepe (FC Porto) ~ 2,8 milhões €/ano; Francisco Conceição (FC Porto) ~ 2,6 milhões €/ano; Otamendi (Benfica) ~ 2,5 milhões €/ano; Rafa Silva (Benfica) ~ 2,5 milhões €/ano; Rony Lopes (SC Braga) ~ 2,3 milhões €/ano; Grujić (FC Porto) ~ 2,1 milhões €/ano.
  • Mais recente, uma classificação para a época 2025/26, feita por fontes independentes, aponta para os 25 jogadores com maiores salários no campeonato. Alguns exemplos desse ranking: JogadorSalário anual estimadoRichard Ríos3.000.000 € / ano Vangelis Pavlidis~ 2.880.000 € / ano Fredrik Aursnes~ 2.880.000 € / ano Kerem Aktürkoğlu~ 2.880.000 € / ano
  • Também segundo “FootyStats” (dados de salários da Liga NOS), há jogadores do Benfica registados com salários muito elevados: por exemplo, Renato Júnior Luz Sanches aparece com cerca de 6.920.000 € por ano, sendo o valor mais alto reportado nessa fonte.
  • Conforme outra fonte destacada, o jogador brasileiro Arthur Cabral, do Benfica, é mencionado como tendo vencimentos anuais de 3,8 milhões de euros — como o brasileiro mais bem pago da liga portuguesa atualmente.

Diferenças entre clubes / distribuição interna

É importante notar que existe uma grande disparidade nos salários entre os clubes do campeonato português. Enquanto Benfica, FC Porto e Sporting CP concentram as maiores folhas salariais e os jogadores mais valorizados, outras equipas, com orçamentos mais modestos, precisam equilibrar as contas com contratos muito mais baixos. Essa diferença cria um contraste claro dentro da competição e reflete o poder financeiro desigual entre os principais protagonistas e os clubes médios ou pequenos da liga.

  1. Clubes grandes vs clubes menores: Benfica, FC Porto e Sporting CP têm orçamentos bem maiores, receitas de televisão e competições europeias, que lhes permitem pagar salários muito mais elevados do que clubes de menor expressão ou de regiões com menos capacidade de investimento. Os clubes menores frequentemente têm que gerir com restrições financeiras mais severas, o que limita o teto salarial que podem oferecer.
  2. Jogadores de maior renome vs promessas / plantel de apoio: os jogadores com maior visibilidade, histórico internacional ou com capacidade comprovada em competições europeias (Liga dos Campeões, Liga Europa) tendem a estar entre os mais bem pagos. Já os jogadores menos conhecidos, jovens ou que jogam menos, recebem valores muito menores.
  3. Posição, idade e nacionalidade: jogadores estrangeiros com currículo ou experientes costumam negociar contratos mais vantajosos. A posição também conta — atacantes, meias ofensivos ou jogadores de marca tendem a negociar salários maiores do que defensores ou goleiros, embora existam exceções.
  4. Negociações de contrato, bônus e incentivos: além dos salários básicos, muitos contratos envolvem bônus por desempenho (golos, assistências, aparições, títulos), incentivos por participação em competições europeias, etc. Esses adicionais podem representar uma parte significativa da remuneração total, embora não sejam sempre públicos ou totalmente conhecidos.

Comparações: médias, casos extremos e realidade geral

  • A média de salários em ligas como a Primeira Liga é bem menor do que nas grandes ligas (Inglaterra, Espanha, Alemanha, etc.). Embora haja jogadores com vencimentos multi-milionários, muitos atletas recebem valores muito inferiores, especialmente nos clubes de menor dimensão ou sem exposição internacional.
  • Segundo a plataforma FootyStats, o salário médio anual da Liga NOS está em torno de €430.204. FootyStats — um número que indica que, embora o topo receba milhões de euros, esse não é o padrão para a maioria dos jogadores.
  • Ainda nessa fonte, o total de salários gravados da Liga é de cerca de €188.429.200.
  • Também há jogadores que recebem mensalidades ou valores semanais elevados: por exemplo, jogadores com salários de centenas de milhares de euros por mês — embora esses casos sejam excepcionais.

Alguns casos mais notórios

Para ilustrar melhor, aqui vão perfis de alguns dos jogadores mais bem pagos da liga portuguesa, com base nos dados mais recentes:

  • Arthur Cabral (Benfica) — cerca de 3,8 milhões €/ano.
  • Viktor Gyokeres (Sporting CP) — ~ 3,8 milhões €/ano.
  • Kökçü (Benfica) — cerca de 3 milhões €/ano.
  • Pepe (FC Porto) — ~ 2,8 milhões €/ano.
  • Francisco Conceição (FC Porto) — ~2,6 milhões €/ano.
  • Richard Ríos — entre ~3 milhões €/ano; segundo ranking de 2025/26, ele figura no topo de alguns relatórios.

Esses jogadores representam o “topo máximo” da pirâmide salarial no futebol português — poucos chegam a esses valores, e normalmente isso exige combinação de talento, visibilidade internacional, sucesso do clube, e boas negociações contratuais.


Fatores que explicam por que esses salários são tão altos

Para entender esses valores, é necessário olhar para diversos fatores que interagem:

  1. Receitas do clube: clubes com maiores receitas de televisão, patrocínios, bilheteira e participação europeia (Champions / Europa League) têm mais capacidade de pagar salários elevados. Benfica, FC Porto e Sporting CP dominam esses aspectos em Portugal.
  2. Transferências internacionais: muitos jogadores de destaque em Portugal veem seus contratos “reforçados” por interesse de clubes estrangeiros, o que pressiona para que seus vencimentos sejam competitivos — tanto para segurar o jogador, quanto para atrair talentos.
  3. Marketing e visibilidade: jogadores com grande nome internacional, histórico de seleção, ou com marca pessoal conseguem negociar salários mais altos, não apenas pelo rendimento dentro de campo, mas também pelo retorno de imagem e comercial.
  4. Negociação intermediada por agentes e cláusulas especiais: existe muita margem na negociação dos contratos — cláusulas de bônus, valores fixos, participação em merchandising, etc.
  5. Economia local, custo de vida, impostos: embora Portugal seja um país europeu com custos moderados em comparação com outros grandes centros, impostos sobre rendimentos, contrato com clube, direitos de imagem e regulamentos da liga influenciam fortemente o que “fica no bolso” do jogador líquido.

Comparação com outras ligas europeias

  • Em ligas como a Premier League (Inglaterra), La Liga (Espanha), Bundesliga (Alemanha), Serie A (Itália), os salários médios dos jogadores de topo são significativamente maiores. Jogadores que no Portugal recebem 3‐5 milhões de euros anuais, em Inglaterra ou Espanha frequentemente superam esses valores, chegando a 10-20 milhões ou mais por ano para jogadores de elite.
  • A diferença não é apenas no topo: a faixa média também é maior nessas ligas, por causa das receitas muito superiores de direitos televisivos, contratos de mídia e patrocínios.
  • Isto também significa que Portugal muitas vezes serve como “escada” ou mercado intermediário: jogadores proveitosos partem daqui para ligas maiores, e os clubes portugueses lucram com transferências, mas em contrapartida enfrentam o risco de perder jogadores essenciais ou de ter de igualar salários para manter competitividade.

Desafios e limitações

Apesar dos valores impressionantes no topo, existem vários desafios que limitam tanto os salários como a sustentabilidade dos pagamentos elevados:

  1. Sustentabilidade financeira dos clubes: clubes que aumentam muito suas folhas salariais sem correspondência de receitas podem correr risco de dívidas, desajustes orçamentais ou até sanções financeiras (especialmente em contexto de regulamentações da UEFA de fair play financeiro).
  2. Disparidade interna: muitos jogadores nos clubes menores ou no plantel de apoio recebem salários modestos, o que pode gerar descontentamento ou desequilíbrio competitivo.
  3. Impostos e encargos: embora o valor bruto seja alto, o que realmente “entra no bolso” pode ser muito inferior após impostos, amortizações de transferências, cortes e cláusulas de imagem.
  4. Tendência de mercado internacional: jogadores ambiciosos tendem a assinar com clubes de ligas mais ricas quando atingem alto nível, o que limita que Portugal retenha por muito tempo os maiores talentos — o que por sua vez limita a pressão orçamental para salários ainda maiores (ninguém paga o que não consegue sustentar).

Tendências recentes e previsões

Com base nos dados mais recentes e observações de mercado:

  • Há uma tendência de aumento moderado dos salários no topo da Liga Portugal, especialmente em clubes que continuam a participar com frequência em competições europeias, com maior visibilidade e receitas extras.
  • Também se nota que jogadores estrangeiros experientes sendo contratados com salários altos têm aumentado, o que pressiona para que jogadores portugueses ou menos experientes negociem melhores condições.
  • O efeito da inflação, dos custos operacionais e das exigências de jogadores e agentes (incluindo bonificações por performance) tende a fazer com que os contratos avancem para cifras maiores nos próximos anos.
  • Porém, é provável que essa “corrida salarial” seja mais visível nos clubes de topo, com clubes médios continuando com limites mais rígidos, para evitar riscos financeiros.

Estimativa de faixa salarial para jogadores muito bem pagos vs jogadores médios

Para sintetizar:

  • Jogadores mais bem pagos: entre ≈ 2,5 milhões a quase 7 milhões de euros por ano, nos casos mais extremos. Jogadores do Benfica, Porto ou Sporting CP, com renome e bom desempenho, cheios de visibilidade.
  • Jogadores de topo, mas não de elite máxima: ~ 1 a 2,5 milhões €/ano. Aqueles que jogam regularmente, com histórico, mas sem ser a “cabeça de chave” do clube.
  • Jogadores medianos / de clubes menores: salários muito variáveis, frequentemente abaixo de 1 milhão €/ano. Dependendo de contrato, posição, tempo de contrato, visibilidade. Alguns pouco conhecidos ou com menor participação, ou vindos de escalões inferiores.
  • Salários mínimos ou bastante modestos: em clubes menos ricos ou jogadores reservas, jovens, etc., os rendimentos podem estar bem abaixo da média, às vezes em valores que não são amplamente divulgados.

Conclusão

Os jogadores mais bem pagos da Liga Portuguesa conseguem remunerações bastante expressivas, embora não comparáveis (no topo) com as ligas mais ricas da Europa. Valores anuais superiores a 3-4 milhões de euros são alcançados por poucos, especialmente nos clubes com maior poder financeiro. Ainda assim, esses números reforçam o quanto o campeonato português tem evoluído em termos de competitividade, visibilidade internacional e capacidade de atrair talentos de alto nível.

Para a maioria, porém, os salários são muito mais moderados, ainda que suficientes para uma vida confortável, especialmente em Portugal, mas longe das cifras milionárias que circulam nas ligas mais ricas.